quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Quase nada.

A verdadeira adrenalina está em fazer o que der na telha sem sequer seguir algum conselho clichê. A grande intensidade da nossa existência fica na linha tênue entre a nossa sede de fazer acontecer e o nosso bom senso. Você não precisa ter uma grande cartada para cada jogada, mas também não pode estar alheia aos movimentos. Sinta a liberdade de ir e vir, e experimente uma voltinha no sol. Use de toda sua genialidade e perceba que você pode estar no lugar certo e na hora certa.
A espera costuma fazer as borboletas voarem mais alto no seu estômago, mas quando o grande momento chegar, faça dele a volta mais excitante, como em uma montanha russa onde você esperou uma eternidade na fila! E no final, quando tudo pode parecer em vão, abra sua bagagem de tentativas e, sorrindo, saiba que foi por um triz. Que faltou assim, um quase nada.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Pra você

É tão simples entender coisas na vida quando você não se esforça para entender! É tão simples entender quando vem alguém e te mostra com atos, COM ATOS, NÃO PALAVRAS, o que é o amor.

. . .

Ela se deitou, ajeitou o travesseiro e começou a contemplar o teto de seu quarto. Ali, milhares de momentos de sua vida eram assistidos naquele teto meio descascado. O cheiro de pipoca na cozinha trouxe a memória grandes detalhes desses momentos.
Ela se lembrou dos seus velhos amigos, da sua velha vida, sua antiga escola, das pessoas queridas que viveram ao seu lado.Pessoas que não a cobravam de nada e que com elas tinha a certeza que podia ser ela mesma, sem pose, sem censura, sem pudor.
Depois de tanto olhar pra aquele teto, ela se recordou de como era alegre, de como era criança, de como gritava, de como podia se expressar como bem queria. Lembrou de como sorria com  vontade, de como se divertia e acabou se recordando que nesse período de sua vida nunca se sentiu só.
O vento de inverno entra pela janela, ela se encolhe, se cobre . . . seus pés estão congelados: lembrou que naquela época, frio, era mero estado psicológico.
Uma lágrima de saudade cai, e desce pelo cantinho do olho. Saudade que dói e machuca.. Saudade de um tempo que não vai voltar.
A garota se vira pro canto quer se esquecer desses momentos, quer viver o presente. Não quer sentir saudade. Mas mal sabe ela que ao achar que sente saudade de sua antiga vida, ela sente saudade é dela mesma.

domingo, 4 de julho de 2010

Vazio

Dentro de cada um de nós existe um recipiente que sempre deve estar preenchido, caso contrário você pára, olha a sua volta, busca impulsivamente por algo que te preencha: NÃO ENCONTRA. É o famoso "VAZIO". Falta tudo e falta nada. Você quer tudo e não quer nada, parece não encontrar seu lugar.
Em determinado período da sua vida, tudo parece bem, tudo está tranquilo. Não existe grandes problemas. Mas você sente, você sabe  que não está bem, que existe alguma coisa que não está "funcionando".
Amigos, colegas, família, trabalho, estudos parecem não ocupar aquele espaço. Parecem não te proporcionar o mesmo sentimento de antes. Nossa primeira reação quanto a isso é culpar todo mundo, e os piores dos sentimentos é experimentado à flor da pele: A INDIFERENÇA.
Todos que vivem a sua volta não te preenchem como antes, não te satisfazem. E você se pergunta : POR QUE ? Eis a grande pergunta. Talvez seja um momento da sua vida que você se encontre mais carente, mais exigente com os outros. Talvez a mente esteja desocupada e o jeito é ocupar-se. Talvez seja paranóia, tudo coisa da sua cabeça. Talvez seja você que tenha se afastado dos seus, e agora acha que eles é que estão longe. Mas talvez, um mero talvez seja você quem MUDOU. Talvez seus anseios, suas buscas, suas ideias, seus objetivos, suas metas, suas prioridades tenham mudado, e num momento, talvez apenas num momento NINGUÉM que vive  a sua volta pode te propocionar o que você tanto deseja nesse instante.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

No fim das contas . . .

Já passei da fase de rebelde sem causa ou daquela em que rogamos praga no mundo e ficamos tristes por qualquer coisa. A pizza esfriou? Choro. O esmalte borrou? Choro. Ele ainda não ligou? Choro. Pois é, falando assim parece mentira, mas quando estamos tristes, tudo ao redor parece não dar certo. Eu estou assim, quer dizer, estava assim. Triste por tudo e nada ao mesmo tempo. Lamentando o fato das coisas darem tão errado, de ainda não poder estar onde eu queria estar e de não desejar ninguém que esteja comigo onde eu deveria estar. Mas hoje foi diferente, hoje o mundo resolveu me dar um tapa na cara e dizer: Acorda!
Geralmente sou alheia a tudo o que acontece a minha volta. Mas hoje, mesmo com o som do MP3 no último volume, mesmo com todas aquelas pessoas falando, eu vi um senhor correndo. Magro, muitas rugas, cabelos grisalhos. Por um momento pensei que o motorista não o esperaria e foi justamente ai, que comecei a ver com clareza. Após ter corrido alguns metros, ele entrou no ônibus cansado, mas sorrindo, pegou o RG, mostrou ao cobrador e sentou.Eu continuei observando, me perguntando quem era e o que fizera em toda sua vida. Estaria ele satisfeito com as suas conquistas? Ou será que ele guarda muitas mágoas? De repente comecei a pensar em como eu estava conduzindo a minha vida. Será que perdemos muito tempo lamentando nossas perdas ao invés de lutarmos por dias melhores? Será que lutamos tanto por dias melhores que nos esquecemos de dar valor as pequenas coisas, aos pequenos prazeres da vida?  Certamente me lamentarei por ter dado muita importância aquele cara que me deu um apelido ridículo quando eu estava na quinta série e que me fez chorar dias e não sair de casa durante meses, na verdade anos. Me lamentarei por ter acreditado que só amor não basta ou por ter me olhado demais no espelho quando eu poderia estar lá fora, me amando incondicionalmente. Lembrei daquela música que diz: “Devia ter complicado menos, trabalhado menos. Ter visto o sol se pôr. Devia ter me importado menos, com problemas pequenos. Ter morrido de amor…” Deveria e vou. No fim das contas a vida é um jogo, onde todos fazem apostas que podem dar certo ou não, a única certeza que tenho é de que quanto mais tempo passamos lamentando o que deu errado, mais demoraremos a voltar ao jogo. Não quero ser aquele tipo de pessoa que joga cautelosamente, com medo de errar. Aconselho que façam o mesmo, afinal, o prêmio de quem aposta baixo, é igualmente baixo.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

THE MOVIE

Seus dedos do pé estavam devidamente encolhidos e guardados, não estava tão frio assim, mas em noites de solidão o edredom costumava a ser sua única companhia protetora. Em meio a tanta bagunça, ela precisava ver algo que fizesse algum sentido. Não que isso fosse necessariamente possível em um filme, mas essa foi a solução mais simples e rápida que encontrou. Vocês sabem, sua especialidade é provocar problemas e não resolve-los.
O trailer demorou o suficiente, para que desse vontade de ir a cozinha procurar alguma coisa que ela certamente sabia que não tinha. Não foi, desde pequena tem medo de enfrentar a escuridão que existe entre o seu quarto e a cozinha. Eram apenas alguns passos de distância, mas sua imaginação sempre foi fértil o suficiente para que a pequena reta se transforma-se em um imenso labirinto. Whatever, isso não importa mais, agora a vontade já passou e o filme começou. A atriz principal era como ela, pelo menos era o que pensava. O mocinho tão apaixonante, que mesmo de longe se apaixonou. Ele era bobo, mas sabia perfeitamente o que queria. O oposto de alguém que ela conhecia, de alguém que comparava a todo momento. Entre tramas de vilões e quase beijos de mocinhos, ela mergulhou. Sua vida desinteressante, tinha se transformado em pixels de uma televisão cheia de adesivos. E por mais que ela não quisesse acreditar, aquela sensação de felicidade só duraria por mais alguns minutos. O mocinho beijou a noiva, e deixou a nossa pequena sozinha na cama. Mergulhada no vazio, olhando para letras que são impossíveis de acompanhar.
O problema é que filmes com histórias perfeitas sempre acabam mais rápido. E os atores sempre mudam de personagem. Por mais que isso pareça injusto, o final é necessário. Perfeição tem tempo certo para durar, para sempre enjoa.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Mulher sob Medida


As mulheres são capazes de fazer loucuras para emagrecer. Quantas eu já fiz para ficar um palito… Mas tem sentido? O primeiro dos meus sacrifícios foi óbvio: deixar de comer as delícias deste mundo. Resisti bravamente a todos os pasteizinhos fritos na hora com uma cervejinha, a uma empada quentinha, saindo do forno, a um brigadeiro derretendo na boca. Quando penso, vejo o absurdo.

Dá para, em nome de uma magreza – que inventaram que é obrigação –, abrir mão do enorme prazer que é comer? Aliás, quando foi que começou essa mania? Se você for a qualquer museu do mundo, os quadros exibem mulheres gordas, e não conheço um homem – fora os que trabalham com moda – que não dê valor a um bumbum grande, para passar a mão com ar de dono, ou a uns peitos fartos (mas que sejam obra da natureza). E nem estamos falando das telas de Botero.



Por Danuza Leão




Adoro os textos dela. ÓTIMOS.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Burning



Em cada desejo meu tem o calor do mundo inteiro.
Um fogo que arde sem doer.Que arrepia minha pele. Meus pêlos.
Que pára o tempo. Meus pensamentos. As batidas do meu coração.
Em cada poro do meu corpo tem o calor do mundo inteiro.
Ardo.

domingo, 31 de janeiro de 2010

Isso dá medo, dá sim


' E mais uma vez tudo veio a tona. Ir lá é sentir você, andar por aquelas ruas é ver você caminhando ao meu lado. Ver nossa casa é ouvir você me chamando por entre aqueles corredores. Ainda lembro perfeitamente da sua voz, da sua risada. Olhos as paredes do quarto onde você dormia e sinto sua presença em cada cantinho, em cada detalhe, em cada sopro do vento que entra pela janela.
Olho pro seus amigos e vejo qe neles ainda resta um pouco de você. Olhar pro nosso "leãozinho" é enxergar você dentro dos olhos dele, em cada gesto, em cada sorriso.

Saber que você passou 18 anos comigo é o que me conforta.
Saber que vou passar o resto da minha sem você é o que me desespera.


É incrível como você faz falta ás onze horas da noite com ligações surpresas só pra me dá boa noite e ouvir um latido de Fred, nas brincadeiras sem graça que só pra gente tinha graça, no gênio difícil pra eu não ser a única né? nas preparações de limonadas suiças e vitaminas, nos almoços pra ver se eu animo a cozinhar porque sem você perdeu a graça, nos nossos momentos caninos, porque aqui ninguém entende qe eu AMO cachorro, NO DIA DOS PAIS ( qualquer comentário é desnecessário), no Natal que você ficava todo animado pra ir comprar presente todo mundo junto, no meu aniversário que com certeza você não deixaria passar em branco como foi nesse ano, nas horas de tentar me obrigar a cheirar seu chulé. Karine e João sofrem comigo agora, aprendi com você viu? HAHAHA', nas compras porque a gente adorava comprar besteira, nas minha gripes, alergias, dores de cabeça, coçeiras, dor de barriga qe só você dava aquela atenção, no dia de conhecer meu namorado ( queria muito que tivesse aqui pra dá seu consentimento) afinal ele é o outro homem da minha vida, nas serestas da vida que a gente curtia a beça, nas discussões loucas só pra defender seu ponto de vista sem nenhuma chance da gente mudar de opinião, porque nisso aí eu PUXEI VOCÊ, nas partidas de bola com o João ne? porque eu até tento mas não levo o mínimo jeito pra isso, nos dias úteis da semana pra buscar pelo menos um dia João Henrique na escola( ele sempre fala nisso), nas sobremesas que eu fazia pra te agradar, nas latas de leite condensado que a gente fazia um furinho bebia TUDO, nos arrotos extraordinários que a gente dava depois do rango, nas manhãs, tardes, noites, feriados e dias santos.
Acho mesmo é que você faz falta TODO DIA. E saber que TODO DIA vai ser sem você MEDO, dá sim.
Tava pensando tem 1 ano que eu não digo "oi papai", 1 ano que eu não consigo apagar seu número do meu celular, 1 ano que eu penso "quem sabe ele ainda volta ne" ?

É . . . 1 ano é muito tempo sem te ver, mas não chega nem perto dos anos que eu vou passar SEM VOCÊ.
ISSO SIM DÁ MEDO, DÁ SIM.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

A vida de perto



Tem coisas qe realmeente te trazem coisas negativas. Mexem com a sua memória afetiva.
Escrevo agora, ao som de gritoos de desespero, choros, aflição. Uma coisa qe aprendi ao longo do tempo, com grandes provas e quandoo digo grandes quero dizer IMENSAS, foi a ter amor-próprio.Gostar de mim, pra poder gostar do outro.Me amar, pra depois amar o outro. Pode ate parecer egoísmo. Mas quem ouvisse o qe eu ouço nesse momento com certeza concordaria. O qe ouço é APENAS uma briga de casal, o qe aparentemente parece ser NORMAL. MAS NÃO É. Marido e mulher quase se engolindoo, se devorando. E o mais triste os filhos ainda bem crianças presenciando TUDO. Consigo ouvir alguns gritos do apartamento vizinhoo, ouço passos firmes, ouço o choro das crianças. Tento imaginar o qe elas presenciam no momento, prefiro parar.Pelos gritos é melhor parar. É, realmente o amor -próprio é fundamental na vida a dois. Ela acaba de cortar os pulsos,GRITOS, SONS INDECÍFRAVES. Pelas vozes ela tá tendo convulsão, tá fora de si. E dai? o qe isso trouxe pra ela? Será qe se maltratar, se machucar, se ferir, por alguém, pra alguma coisa, VALE A PENA? Nenhum, mas nenhum homem e nenhuma mulher merece isso. Sempre muito fã de coisas qe me fazem BEM.E se é pra entrar em um relacionamento que seja pra melhorar, pra me fazer MAIS feliz. Se já não tá tão bom quanto antes é melhor parar, principalmente quando ja se tem uma familia e você tem qe se preservar por eles. Penso no que esse casal anda fazendo com seus filhos, o qe esses conflitos vão trazer pra eles no futuro. O qe passa na cabeça de uma criança de 5 e 10 anos presenciandoo tudo isso? Sinceramente ainda tenho a esperança qe as pessoas aprendam a se relacionar sem se maltratar e nem maltratar o outro. Acho mesmo qe a gente tem que aprender a CONVIVER e AMAR. AMAR a si próprio, AMAR O outro, AMAR a vida. Porque viver sim, vale realmente a pena.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

STOP


' Eu ando querendo desligar o mundo. Desligar TUDO.
Pegar o controle remoto e apertar um " stop" rápido. Por uns dias.
Por uns dias não qe isso seria um "pause". Por um BOM tempo. Ficar sozinha.
É que eu queria ficar TÃO sozinha no mundo quanto eu estava me sentindo por dentro.
Pra ver se as coisas faziam sentido . . .
O tempo tá passando muito rápido e eu não tô entendendo mais NADA. '